PREOCUPAÇÃO COM SAÚDE OU COM PERDA DE PODER / CLIENTELA?

A propósito do bastonário da ordem dos médicos se manifestar contra as TNC (terapias não convencionais)
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Será preocupação com a saúde dos portugueses que guia as declarações do Bastonário?
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Vejamos, se fosse a nossa saúde, não se iria o Bastonário manifestar:
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1. A favor da completa proibição do tabaco e de todas as bebidas alcoólicas com um teor superior a determinada %?
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2. Contra a adição de açúcar em todos os alimentos que não fossem produtos de doçaria e também pela redução das quantidades do mesmo, à semelhança do que foi feito com o sal?
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3. Contra os químicos adicionados a alimentos, incluindo tudo que serve para intensificar sabor e disfarçar a má qualidade do produto?
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4. Pela inclusão no curso de medicina de uma cadeira “decente” sobre nutrição / suplementação, que permitisse aos médicos dar preferência a todo o tratamento que pudesse ser resolvido com recurso a mudanças alimentares e eventualmente suplementos, reduzindo dessa forma o recurso a químicos farmacêuticos e os encargos do SNS?
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5. Por uma medicina de carácter educativo e preventivo tendente a poupar dinheiro e recursos ao SNS e Orçamento de Estado que poderia passar, por exemplo, por:
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a) Criação de protocolos que permitissem avaliar carências vitaminicas e minerais na população.
(veja-se o exemplo da Vit D3, da relação Iodo/tiróide)
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b) Oposição veemente a todo o tipo de agricultura que não fosse a bio.
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c) Inclusão de actividades no currículo escolar / empresarial que incluíssem a aprendizagem de postura e exercícios correctivos assim como meditação.
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E muitas outras questões que o bastonário, sendo um especialista em saúde, sem dúvida se poderia lembrar com muito mais eficácia.
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Será ilegítimo ter dúvidas sobre os reais objectivos das constantes tentativas de descredibilização das TNC?
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Numa sociedade em que a medicina convencional, apesar do seu valor e importância:
a) É cada vez mais contestada;
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b) Onde o cidadão mais desperto para as alternativas questiona a “sacrosantidade” do conhecimento e decisão médica;
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c) Onde os processos e queixas contra a má prática médica vão crescendo;
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d) Onde as TNC vão ocupando um lugar cada vez maior na preferência dos pacientes / clientes;
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e) Onde é crescente o interesse de profissionais da medicina convencional (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas…) pelas TNC;
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f) Onde os escândalos relacionados com a indústria farmacêutica se vão acumulando…
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A “guerra” às TNC não será, na realidade, uma luta para eliminar a concorrência e um atentado à nossa liberdade de escolha?
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Nota:
Acredito na medicina convencional.
Nos progressos que fez e que sem dúvida continuará a fazer.
Sou e continuarei a ser cliente.
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Mas também acredito nas TNC, na conjugação dos saberes ancestrais, alternativos e convencionais e, sobretudo, na liberdade de escolha.

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